Quando a gente nasce parece que sabe direitinho o que é a felicidade.
Depois acho que a gente vai desaprendendo.
Era tão mais fácil fazer amigos. E pouco importava o nome deles.
Ter um riso franco esparramado pelo rosto era a melhor maneira de começar bem um dia. E pouco importava se chovia.
Bastava um graveto para termos um cajado.
Um carrinho de mão para termos uma carruagem.
Tínhamos a persistência dos bons e a coragem dos batedores de pênalti.
Mas, de repente, a gente começa a se preocupar demais com o quê os outros vão achar.
E começam também a surgir os desertos de dentro, e a gente parece cansar mais rápido de quase tudo.
Logo estamos racionalizando afeto, aprendendo a timidez e gostando escondido.
Como se fossemos encolhendo a alma ao longo do viver.
E a gente aprende o medo.
Como esse que sinto agora.
Porque ainda quero declarar amores, deitar na grama, ver figuras nas nuvens e inventar histórias.
Ainda quero saber a felicidade.
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Há 2 dias
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